A Era do compartilhar; será?
Por muitos anos
as civilizações se preocuparam em acumular e preservar, quase tudo! O senso
comum era ter, cada vez mais. O “ter” sempre foi visto como Poder. A influência
de quem “tinha” reinava absoluta. Ter terras, propriedades, animais, etc. O “ter”
imperava e pronto. Até que um dia questionou-se o “ter”. Faria ele tanto
sentido assim? Para quem, afinal?
Considerando a
mudança no panorama histórico é inegavelmente inquestionável que ainda hoje o “ter”
esteja intrinsecamente ligado ao “poder”. Entretanto, a Era do “ter” moldou-se
à Era do “compartilhar”. Pavimentou-se uma nova realidade, haja vista a
anterior ser insustentável e ilógica, não mais fazendo tanto sentido. Foi
quando as civilizações começaram a perceber que talvez o “ser” poderia alterar o
poder do “ter”. Foi quando muitos perceberam que dividir poderia ser mais
inteligente, justo, lógico. Foi o equilíbrio entre o “ter” DE poucos e o “ter”
PARA muitos.
Sim,
compartilhar não significa perder aquilo que se tem, apenas fazer uso racional
do recurso em questão. Se o uso coletivo não exclui a propriedade de poucos,
então faz sentido tanto para aqueles que possuem quanto para os que desfrutam.
O novo Poder acomodou-se sob a forma do compartilhar; assim o núcleo de poder
não corre o risco de perder sua influência. Ele aceita dividir, em nome da
manutenção de seu Poder; agora informal. Ele abre espaço para abrigar novas
estruturas de Poder. Ele aloca ou realoca bens e pessoas para manter o “status
quo”, agora renovado!?
Compartilhar é
fazer uso racional de recursos mau alocados ou subutilizados. Dividir o USO de
recursos é entender que mantém-se a posse para conquistar a simpatia alheia.
Enquanto disponibilizo meu bem para o uso compartilhado, não desperto suspeita
de que o controle “quase” absoluto ainda existe. É o ganhar-ganhar que a todos
satisfaz! Será? Até quando?
“Dealing with manipulation is all about reading between
the lines and recognizing the lies for what they are.”
by Ale Madia
Comentários
Postar um comentário
Seu ponto de vista é bem-vindo!