E agora?


Diante de situações inesperadas reagimos de maneiras muito distintas. Há pessoas que se desesperam e simplesmente perdem o controle, enquanto outras ficam paralisadas. Também há pessoas capazes de parar para raciocinar antes de tomar decisões, para depois agir; e outras que apenas reagem inconsequentemente.
Na era do imediatismo exacerbado aprender a se controlar é habilidade necessária. Aceleramos tudo, modificamos o ritmo das atividades físicas e cerebrais, no entanto esquecemos de planejar, conjuntamente, a coordenação das reações racionais consideradas vitais para o resultado coerente de nossas ações tão velozes.
Ser coerente exige que pensemos de acordo com os valores que pregamos, e principalmente, agirmos segundo os mesmos valores. É a sincronicidade entre o que se diz e o que se pratica. Exige mais esforço para alguns, sendo natural para outros. Essa naturalidade no proceder e a desenvoltura no comportar-se logicamente é que provocam determinados efeitos sobre a qualidade do resultado diante de imprevistos.
A pergunta “e agora?” geralmente vem seguida de inquietude e ansiedade. Transformar a inquietude em solução plausível, em velocidade quase imediata à questão, é uma capacidade que exige o bom uso da bagagem que carregamos. Bem como a habilidade de dar à ansiedade contida na situação um rumo construtivo para que ela não interfira de maneira negativa no raciocínio, mas sim positivamente nutrindo e inspirando a conclusão.
O desfecho para cada indagação de “e agora?” depende muito da maneira como se decifra as variáveis contidas na situação e da percepção das consequências. Enquanto não houver a conscientização, quase instantânea, de que entre o notar e o agir, há que se distinguir; decisões equivocadas serão o desenlace.
Somente o exercício contínuo de reflexão é capaz de modificar a reação diante do “e agora?”. É o treino mental para atingir a clareza indispensável antes do desempenhar!
“Do it now and you’ll thank yourself later”.
by Ale Madia

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