Apenas perguntas?

Há tempos a pertinência das perguntas é mais valiosa que as respostas.

Questionar exige reflexão!

Questionar não é provocação.

Questionar é o resultado do pensar.

Raciocinar e perguntar.

Há tempos as respostas são repetidas e engolidas; as perguntas diluídas.

Perguntar é indagar.

Perguntar reflete a não aceitação.

Perguntar questiona a convicção.

Põe à prova a razão.

A exposição da natureza da indagação.

Há tempos as perguntas são capazes de calar, justamente por induzir o pensar e o contínuo questionar.

Indagar e não subjugar-se.

Indagar e não contentar-se.

Indagar e checar o valor correspondente, o afluente, o consequente; raciocinar.

As consequências do questionar e do explicar conduzem ao salientar.

Salientar é explicitar.

Salientar é tentar provar.

Salientar é saber mostrar.

Mostrar o que há.

E assim haverá o pensar.

E o que será do pensar?

Se há tempos enfrenta o descaso do raciocinar, o que dele será?

Será apenas para constar?

Ou servirá para muito mostrar?

É preciso perguntar?