Compostura
A compostura se
relaciona com a lisura, com a mistura apropriada de elementos que compõem a
formosura. Compostura é o que torna a feiura aprazível. A beleza de algo, pura
e simplesmente, não faz com que este algo seja agradável, mas sua compostura
sim. A compostura é uma atitude, pode até ser aparência, porém é muito mais
essência.
A compostura é
o mais perfeito arranjo para transformar a fealdade em compatibilidade e
amabilidade. Ainda que os conceitos de belo e feio sejam discutíveis, é
inegável o papel da compostura. Ela tempera, rearranja, apropria e conserta;
desperta! A compostura é qualidade indissociável de tudo aquilo que se pretende
pertinente.
A feiura
exacerbada, dos gestos, dos atos, dos fatos, se devidamente composta se torna
peculiar e compreensível. A beleza latente, das ações, das opiniões e das
ocasiões, perde sua eloquência se abandona a compostura. A compostura é potente
figurante; reconfortante. A compostura acomoda, harmoniza e ameniza. Sua
postura é de comedimento, alento. A compostura equilibra, facilita, propõe e
permite aceitação.
Atitude
desprezível é a falta de compostura; torpeza. A compostura compreende gentileza
concernente. O defeito e a disformidade se tornam sutilezas quando devidamente
alinhados, compostos, bem-postos. É papel da compostura estruturar adequadamente
a exposição da desproporção, da desfiguração, da inexatidão.
O medonho,
enfadonho, o padrão grotesco; todos clamam por compostura. O formoso, o
distinto, a beldade; todos abundam compostura. A compostura é a que tonaliza a
mistura, sintetiza e magnetiza. A compostura é que faz o aceno, orienta,
apropria. A compostura é admirável, respeitável. A compostura é exequível,
plausível; não deve ser exaurível!
by Ale Madia
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