Intrépida cidadania


O exercício da cidadania tem sido um constante desafio. A participação na vida pública e política de uma comunidade requer respeito tanto aos direitos individuais quanto aos coletivos. Qualquer cidadão é detentor de direitos, e também de obrigações – sempre bom frisar. Na qualidade de cidadão cada qual deveria compreender que apesar das desigualdades gritantes, os limites são tênues entre os direitos, os deveres, bom senso e respeito. A cidadania na teoria é facilmente aceita e raramente questionada. Está resolutamente definida!
A cidadania na prática, no entanto, é invulgarmente exercida em seu teor, com o devido rigor. É um modelo de cidadania ousada! Intrépida cidadania! Quem ousa mais esticar seus limites e transbordar seus princípios nem sempre encontra resistência, dificuldade ou consequência. Quem mais desconhece seus direitos é um cidadão portador de uma cidadania cosmética. Enquanto o destemido cidadão protegido pela superioridade na qual acredita, e por seu suposto saber puder usufruir da intrépida cidadania, algum outro cidadão a terá desmantelada, jamais plena como explicitada no regramento. A realidade não encontra respaldo no mundo teórico, e este por sua vez não pode mais garantir nada além de desvirtuação. A intrépida cidadania produziu a cidadania de fachada! Ela é aparente, superficial para muitos! Está intrepidamente sendo exercida por outros!  

by Ale Madia

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