Lânguida estação
A
característica inegável dos tempos atuais é a languidez. A debilidade
generalizada. Uma triste estação sem limites temporais conhecidos ou
previsíveis. Degradação. Nos resta saber o que é possível reverter, se
conveniente for. Na lânguida estação também é possível crescer, ainda que sem
perceber. A temporalidade indefinida acelera algumas sensações e desacelera
necessidades. Debilitados pelo atual momento ou por um longo tempo? Quando a
única opção é quase uma imposição, a languidez parece permanente. Felizmente
não é!
Languescer é um
processo onde a intensidade é determinante. Perder a vitalidade faz parte da
vida, em algumas idades. Na sucessão de momentos lânguidos é crucial entender
que a estação não é algo permanente. Uma estação compõe nosso tempo – contínuo.
Acontecimentos acompanham os tempos. Lânguida ocasião pode trazer oportunidade.
A languidez não é superior à vontade. Na lânguida estação necessitamos de
racionalidade.
Cada estação
também proporciona um tempo para reação. Na languidez há condição para
aprimoramento, se assim desejarmos. Uma estação, oportunamente, é passageira. A
lânguida estação pode ser apenas uma parada – uma pausa demorada. Diante da
languidez da estação podemos nos deparar com um dom. Na debilidade dos tempos
podemos descobrir e abraçar novas capacidades. A estação pode ser um estímulo,
sinuoso, porém muito valioso. Lânguida só não deve ser sinônimo de permanente.
Lânguida estação é só o presente. A languidez deve ser suprimida pela
sagacidade e pela vitalidade!
by Ale Madia
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