Idolatria
A adoração excessiva
sempre esteve presente na vida das pessoas, porém talvez nunca tenha sido tão
evidente como agora, idolatria explicitada mundialmente na rede. O objeto hoje
idolatrado é diverso, incluindo pessoas, títulos, lugares, marcas, crenças, e
um mundo sem fim de possibilidades. Parte da idolatria pode ser facilmente
explicada pelo comportamento humano e pela convivência em sociedade. Outra
parte pode ser cegueira, ignorância, ilusão, ou ainda hipocrisia. Quando a
faculdade de avaliar está prejudicada a opção de idolatrar é mais tentadora.
Ausência de razão!?
Quando o bom
senso predomina e a compreensão é razoável, idolatrar pode ser sinônimo de
estupidez. Admirar e gostar muito de algo é diferente de uma obsessão por este
algo. A imposição de uma ideia independentemente da vontade espontânea é um
aspecto da idolatria. A adesão acrítica sempre está presente no ato de
idolatrar, é a sustentação do fanatismo. O fingimento de qualidades e ideias
justificam a idolatria!?
A obstinação
pode ser falta de lucidez, que encontra abrigo na idolatria atual. A
necessidade de aceitação é elemento latente nos cegos adoradores de plantão. A
idolatria é o lugar seguro para os desarrazoados. O convencimento delirante é
ideal para a preguiça do raciocínio. A marca mais constante da idolatria –
online, é a manifestação pública, a gritante e quase petulante demonstração da
idolatria em questão. Idolatrar em rede, seja lá o que for, é a desproporção da
adoração. Respeitar e admirar é muito peculiar, idolatrar tem também a sua
peculiaridade – a do não pensar. Não há substituto para o raciocínio
equilibrado, ainda que não seja divulgado e nem encontre muitos seguidores. A sabedoria
não é condizente com a idolatria.
by Ale Madia
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